Você sabe como a baixa umidade pode afetar o seu bem-estar?

Recentemente, em Brasília e em diversos estados, temos enfrentado níveis baixos de umidade, o que pode impactar significativamente nossa saúde. Você sabe como isso pode afetar o seu bem-estar?

A baixa umidade pode prejudicar a saúde e o conforto de várias maneiras, especialmente durante o inverno ou em regiões secas. Os principais impactos são:

• Ressecamento das mucosas: A baixa umidade reduz a quantidade de vapor d'água no ar, o que pode causar ressecamento das mucosas nas vias respiratórias, olhos e pele. Isso pode levar a irritações, desconforto e aumentar a vulnerabilidade a infecções respiratórias e conjuntivite.

• Pele e cabelo: A falta de umidade reduz a hidratação natural da pele e do cabelo, resultando em pele seca e escamosa, cabelos quebradiços, e intensificação da coceira e inflamação na pele. Isso também pode aumentar o desconforto nas articulações.

• Aumento de poeira e poluentes: O ar seco pode aumentar a quantidade de poeira e poluentes no ambiente, pois não retém partículas da mesma forma que o ar úmido. Isso pode agravar condições como asma, causar tosse seca e aumentar a suscetibilidade a doenças respiratórias, como bronquite e sinusite.

• Impacto no sistema imunológico: O ar seco pode impactar a função do sistema imunológico, tornando o corpo menos eficiente em combater patógenos, o que pode aumentar a vulnerabilidade a infecções e doenças.

ENTÃO, O QUE FAZER??

Aqui estão algumas medidas para minimizar os impactos da baixa umidade:

• Hidratação: Beba muita água para manter a pele hidratada e prevenir a desidratação. Inclua alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, na dieta.

• Uso de umidificadores: Em ambientes internos, um umidificador (ou bacias com água e toalhas molhadas) pode adicionar umidade ao ar e ajudar a evitar problemas como pele seca e irritações respiratórias. Lembre-se de sempre higienizar o umidificador para evitar que se torne foco de fungos e outros microorganismos.

• Atividades ao ar livre: Evite atividades físicas ao ar livre e exposição ao sol entre 10h e 17h.

• Limpeza da casa: Mantenha a casa sempre limpa e arejada. Prefira o uso de pano molhado para higienizar a casa, evitando o uso de vassouras que podem espalhar poeira.

• Cuidados com a pele: Aplique cremes e loções hidratantes para manter a pele macia e evitar ressecamento. Opte por produtos sem fragrâncias fortes, que podem irritar a pele.

• Banhos quentes: Evite banhos quentes, que podem ressecar ainda mais a pele. Use água morna e evite sabonetes agressivos.

• Lágrimas artificiais: Use colírios lubrificantes para aliviar o desconforto ocular causado pela secura.

• Ambientes secos: Minimize o tempo em ambientes secos, como áreas com ar condicionado forte ou ventiladores.

Se você tiver apresentando sintomas relacionadas à baixa umidade, como problemas respiratórios, oculares, dermatológicos, dores de cabeça, sangramento nasal ou fadiga, consulte um profissional de saúde para recomendações personalizadas.

Manter um ambiente com níveis adequados de umidade e seguir essas dicas pode ajudar a melhorar o bem-estar geral e prevenir os efeitos adversos da baixa umidade.

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Referências:

• Guerra LP, Andrade LM, Joner DC, Strozzi D. Medidas caseiras contra baixa umidade do ar amenizam agravos na saúde. einstein (São Paulo). 2021;19:eAO5484.

• ANDRADE FILHO, Valdir Soares de et al. Aerossóis de queimadas e doenças respiratórias em crianças, Manaus, Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 47, p. 239-247, 2013.

• GUSSO, Gustavo; LOPES, José MC, DIAS, Lêda C, organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, 2388 p.

• DUNCAN BB; SCHMIDT MI; GIUGLIANI ERJ; DUNCAN MS; GIUGLIANI C, organizadores. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.